terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Guia ilustrado das Macroalgas de Portugal


Primeiro guia ilustrado
das Macroalgas de Portugal

Botânico marinho reúne 90 por cento de flora marinha continental em livro

2010-02-03



A Undaria existe na costa portuguesa
A Undaria existe na costa portuguesa
O botânico marinho Leonel Pereira apresenta amanhã, em Coimbra, o Guia Ilustrado das Macroalgas, a primeira publicação deste género em Portugal, que reúne três centenas de espécies encontradas na costa nacional continental - pelas 17h30,no Museu da Ciência da Universidade de Coimbra (UC).

Com a chancela da Imprensa UC, a obra “é o primeiro guia que tenta mostrar toda a flora nacional”, reunindo entre 80 a 90 por cento das espécies existentes em Portugal Continental, deixando de fora as “mais pequeninas”, afirmou o autor.

Leonel Pereira, professor no Instituto Botânico da UC, explicou que este guia, em formato de bolso, com mais de 90 páginas, começou por ser uma publicação destinada aos seus alunos, e depois adaptada para “introduzir as pessoas no tema”, sejam académicos, empresários, gastrónomos interessado em conhecer as espécies, ou técnicos de autarquias e instituições. Este investigador tem ainda em preparação um guia destinado às macroalgas do arquipélago dos Açores.

O guia tem como objectivo ajudar a conhecer melhor estes vegetais marinhos e, assim, promover o seu uso nas suas diversas facetas: a sua biodiversidade, como fertilizante agrícola, na alimentação, e nos seus múltiplos usos industriais, refere uma nota de divulgação da entidade editora.

Leonel Pereira, UC
Leonel Pereira, UC
Partindo de uma “organização taxonómica”, o autor apresenta os grupos de algas, as vermelhas, verdes e castanhas, e insere um capítulo apresentado alfabeticamente com a descrição das algas, as suas aplicações e o local onde foram encontradas, com as respectivas fotografias.

Nesta recolha estão incluídas as espécies nativas e não nativas. Uma das que já se encontra nas costas portuguesas é a “predadora” chinesa denominada de “Undaria”, utilizada na gastronomia daquele país, e que é cultivada comercialmente nas costas europeias.

"Em Portugal, e apesar do reconhecido potencial e da importância do sector no passado, as actividades em domínios ligados às algas marinhas são manifestamente inferiores ao desejável e necessário", afirma o investigador, que é igualmente editor responsável pelo MACOI - portal português da macro-algas.

Actualmente “não existem mais empresas utilizadoras de algas porque os recursos e conhecimentos disponíveis são reduzidos",afirma, frisando que o seu guia é também uma forma de partilhar o conhecimento universitário com a comunidade, e ajudar ao aproveitamento comercial destas espécies botânicas marinhas.


Livro lançado amanhã
Livro lançado amanhã
Florestas aquáticas

Segundo o investigador, as algas macroscópicas que se encontram habitualmente nas costas rochosas, durante a baixa-mar, exibem grande diversidade de cores, formas e tamanhos. Podem ter apenas alguns milímetros de comprimento e um aspecto frágil, ou atingir tamanhos gigantes, superiores a 50 metros, e formar verdadeiras florestas aquáticas nalgumas zonas costeiras.

Apresentam colorações extremamente variadas, resultantes da combinação dos diferentes pigmentos fotossintéticos presentes nas suas células. Distinguem-se três grandes grupos, essencialmente com base na cor: macroalgas verdes (Filo Chlorophyta), macroalgas castanhas (Filo Heterokontophyta ou Ochrophyta) e as macroalgas vermelhas (Filo Rhodophyta).





"Algas à Mesa" em Castelo de NeivaVersão para impressãoEnviar por E-mail
ALGASCARTAZ_21O Polis Litoral Norte e a Câmara Municipal de Viana do Castelo, através do Museu do Traje, vão promover um original workshop sobre algas comestíveis em Castelo de Neiva. O evento, agendado para a próxima segunda-feira entre as 10h00 e as 13h00, é dedicado aos restaurantes dos concelhos que integram o Polis Litoral Norte (Caminha, Esposende e Viana do Castelo) e tem como formador Leonel Pereira, professor do Departamento de Ciências Vivas da Universidade de Coimbra e investigador do Instituto do Mar.
 “Algas à mesa” pretende sensibilizar os restaurantes para a possibilidade de usar as algas na gastronomia, mostrar quais as algas do Litoral Norte que são comestíveis ou que podem ser usadas como condimentos; ensinar a preparar alguns prato e mostrar outros e, sobretudo, salientar a mais-valia de criar um produto baseado na imagem das algas como produto natural e intimamente ligado ao mar e aos seus sabores criando um novo produtos para a gastronomia regional do litoral noroeste português.

O formador do workshop é Leonel Pereira, Professor no Departamento das Ciências Vivas- FCTUC - Universidade de Coimbra e Como Investigador - IMAR-CMA (Instituto do Mar - Centro do Mar e do Ambiente), sendo as inscrições para o workshop gratuitas com limitação de 30 formandos.

O Polis Litoral Norte, que prevê requalificar a frente marítima até 2013, integra em Viana do Castelo a valorização dos aglomerados populacionais da orla costeira, a beneficiação das vias de acesso e reordenamento das áreas de estacionamento, a criação de espaços verdes, a protecção costeira, a beneficiação das vias de circulação interna, a execução de estacionamento de retaguarda, a requalificação do espaço público e paisagístico do aglomerado e a criação de passadiços, para além de uma ciclovia, da criação de apoios de prática balnear e de apoio à prática desportiva náutica.
Assim, está prevista a valorização das frentes marítimas da praia Norte/Coral, Cabedelo, Chafé/Amorosa, Castelo Neiva/Pedra Alta com o reordenamento e qualificação mediante a valorização dos aglomerados populacionais, a beneficiação da via de acesso e reordenamento da área de estacionamento, a criação de espaços verdes, a protecção costeira, a beneficiação das vias de circulação interna, a requalificação do espaço público e a criação de passadiços, para além da ciclovia que atravessa toda a faixa litoral dos três concelhos e ainda a requalificação dos armazéns de aprestos dos pescadores (na freguesia de Castelo de Neiva).
Estão também previstas estruturas de apoio balnear (Planos de Praia) na praia da Ínsua, Afife, Arda /Bico, Paçô/Carreço, Amorosa/Chafé e Pedra Alta/Castelo de Neiva. Este eixo define a qualificação das infra-estruturas de apoio ao uso balnear com a criação de infra-estruturas de apoio aos acessos viários, estacionamento, acessos pedonais, apoios de praia de qualidade, criando uma imagem de referência associada ao valor ambiental do Litoral Norte.

            Viana do Castelo, 29 de Outubro de 2009


...Aliada ao Museu do Traje de Viana do Castelo, a sociedade gestora do programa de requalificação e valorização costeira, promoveu a iniciativa destinada a motivar os restaurantes de toda a costa para utilizar os diversos tipos de alga que o mar oferece. Com a acção orientada pelo investigador e professor de Biologia, Leonel Pereira, e em que participaram algumas dezenas de proprietários e cozinheiros de estabelecimentos da região, pretendeu-se sinalizar um recurso com potencial económico mas com aplicação quase nula, à excepção do seu parco uso como fertilizante agrícola.
"Portugal não está na lista dos países com tradição de consumo de algas. Não temos tradição mas vamos potencialmente passar a ter", garantiu Leonel Pereira, defendendo a introdução deste produto "de alto valor nutritivo" e com diversas variantes (cerca de duas dezenas, pelo menos, são comestíveis) no sector alimentar.




Reino Protista (Protoctista)


O Reino Protoctista (do grego protos, primeiro; ktistos, estabelecer) foi proposto em substituição ao Reino Protista - que originalmente continha apenas organismos exclusivamente eucariontes e unicelulares cujas células já apresentam organelos especializados e núcleo individualizado.
Esse reino era composto (Whittaker, 1969) pela reunião de dois grandes grupos de organismo: os protozoários, que vieram da antiga classificação do reino animal e as algas unicelulares que vieram da antiga classificação do reino vegetal.
Hoje, modificação feita pelo próprio Whittaker em 1979, o reino Protista inclui os organismos eucariontes unicelulares, como a maioria das algas e os protozoários, e seus descendentes mais imediatos, como são as algas pluricelulares, incluídas neste grupo por sua estrutura simples e as claras relações com as formas unicelulares.
É, portanto, um reino artificial: seus integrantes possuem vários ancestrais comuns.

Os protoctistas apenas representam os grupos de eucariontes que restam após a retirada dos fungos, plantas e animais.
Assim, o reino Protista - ou Protoctista - compreende cerca de 200.000 espécies, extintas ou recentes, de organismos eucariontes, predominantemente microscópicos, com organização unicelular, sincicial, pluricelular e sem tecidos. Inclui protozoários (com cerca de 65.000 espécies descritas, das quais a metade são fósseis e 8.000 são parasitas), algas, unicelulares e pluricelulares, e fungos inferiores (fungos mucilaginosos, Myxomicota).

Os limites do Reino Protista ou Protoctista.


Os protistas estão representados por muitas linhas evolutivas cujos limites são difíceis de definir. A maioria destes organismos é unicelular e microscópica, também existem os que formam colónias, como os foraminíferos. Esta organização, mais complexa, está mais próxima dos organismos pluricelulares superiores e indica que estes evoluíram a partir de ancestrais protistas .
O Reino Protista pode ser considerado um reino intermediário, agrupando desde os organismos unicelulares eucariontes e as colónias simples, até algumas algas superiores e grupos de transição (de classificação duvidosa), semelhantes aos fungos, como os mofos plasmodiais.
Os limites do reino Protista não estão estabelecidos de forma definitiva. Os grupos de protistas diferenciam-se entre si no tipo de nutrição. Alguns assemelham-se às plantas porque são capazes de realizar a fotossíntese; outros ingerem o alimento como os animais e outros absorvem nutrientes, como os fungos. Esta diversidade tão ampla torna difícil a descrição de um protista típico. Talvez o membro mais representativo do reino seja um flagelado, a Euglena, organismo unicelular com um ou mais flagelos complexos (para distingui-los dos flagelos simples das bactérias) e em algumas ocasiões com um ou mais cloroplastos.
Os Protoctista apresentam variações nos ciclos de vida assim como na organização e nos padrões de divisão celular. Estudos recentes em microscopia electrónica e biologia molecular (DNA) têm mostrado que os Protoctista são tão diferentes entre si que provavelmente serão classificados futuramente em vários Reinos.
Todas as algas - verdes, castanhas e vermelhas - são provisoriamente consideradas Protoctista. Os grupos de algas verdes dentre as quais destacamos a alface-do-mar, Ulva, comum em praias rochosas do litoral português, são filogeneticamente relacionados com as plantas terrestres.
Algas na costa portuguesa
Ulva

Entre os organismos que apresentam afinidades com os fungos, destacamos certas colónias marinhas transparentes de Labyrinthula, que vivem sobre algas macroscópicas. Em muitos livros de Zoologia são classificados como um filo de protozoários.
Labyrinthula. Image from UNCW-Marine and Coastal Botany.
Os Protistas mais complexos que os seres do Reino Monera uma vez que apresentam núcleo individualizado por membrana nuclear  e organelos altamente especializados. Podem viver nos mais diversos ambientes, como água doce, água salgada, terra húmida e associados com outros organismos como parasitas.
Podemos considerar três grupos principais de protistas:
a)      os protistas semelhantes a plantas ou algas.
b)      os protistas semelhantes a animais ou protozoários.
c)        os fungos (mofos) mucilaginosos.

Os protistas semelhantes a plantas.

Os semelhantes a plantas incluem as diatomácias (divisão Chrysophyta), os dinoflagelados (divisão Pyrrophyta), os euglenófitas (divisão Euglenophyta), as algas verdes (divisão Chlorophyta), as algas vermelhas (Rhodophyta) e as algas pardas (divisão Phaeophyta).

Euglenófitas

Protistas com dois tipos de nutrição. Há uma série de semelhanças entre os euglenófilos e os flagelados, como a película envolvente, sem celulose, e que permite alterações de forma e movimentos amebóides, a presença de flagelos e de um vacúolo contráctil, além do tipo de divisão binária longitudinal.
Por outro lado, a presença de cloroplastos afasta os euglenófitos dos protozoários, aproximando-se das algas. Os euglenófilos são organismos quase sempre unicelulares, a maioria de água doce. O género mais comum é a Euglena.

 Havendo luz e nutrientes inorgânicos, o processo de nutrição utilizado por esses organismos é a fotossíntese. Eles possuem um organelo fotossensível, o estigma, que orienta o organismo em direcção à luz (fototactismo).
 Na ausência de condições para a fotossíntese, ocorre nutrição heterotrófica. Se o meio não tem alimento, passam a fazer fotossíntese, mas se ocorre o contrário assumem um perfil heterotrófico.
As euglenófitas representam um pequeno grupo de algas unicelulares que habitam, em sua maioria, a água doce. Contém clorofila a e b e armazenam carbohidratos sob forma de uma substância amilácea não usual, o paramido. As células não apresentam parede celular mas uma série de franjas proteicas flexíveis. Não é conhecido o ciclo sexual.
Euglena ao microscópio óptico (MOC)

Pirrófitas

As Pirrófitas são biflagelados unicelulares, na maioria, marinhas. Esta divisão inclui os dinoflagelados. Possuem paredes nuas ou com celulose.
Algumas formas são heterotróficas, mas apresentam também uma parede espessa de celulose, o que nos permite enquadrá-las nessa divisão.
 Possuem dois sulcos em forma de cinta, cada qual apresentando um flagelo.
O batimento desses flagelos provoca no organismo um movimento de pião. Vem desse facto o nome do grupo, pois dinoflagelado significa "flagelado que roda".
São geralmente, amarelo-acastanhado ou amarelo-esverdeados. O aumento excessivo da população de alguns dinoflagelados provoca desequilíbrio ecológico conhecido como maré-vermelha, pois a água, nos locais em que há excesso desses dinoflagelados, adquire usualmente a coloração vermelha ou castanha, e por secreção   de substâncias, como o ácido domóico, inibem a outras espécies (amensalismo).
Maré Vermelha

Alguns dinoflagelados têm também característica de serem bioluminescentes (Noctiluca), isto é, conseguem transformar energia química em luz, sendo responsáveis pela luminosidade observada nas ondas do mar ou na areia da praia, à noite. Segundo alguns autores, o nome do grupo teria origem nesse facto (piro= fogo).
Vista aérea de uma mancha de pirrófitas

Algas douradas ou Crisófitas.
Os representantes mais comuns desta divisão são as diatomácias, algas microscópicas que constituem os principais componentes do fitoplâncton marinho e de água doce.
 Além de servirem de alimento para outros animais aquáticos, elas produzem a maior parte do oxigénio do planeta, através de fotossíntese.
Diatomácias
Além da clorofila, possuem caroteno e outros pigmentos que lhes conferem a cor dourada característica (criso= dourado). A carapaça, geralmente impregnada de sílica, forma uma estrutura rígida típica, com duas metades que se encaixam uma na outra.

As diatomácias, pertencentes à classe Bacillariophyceae, possuem cerca de 250 géneros e 100 mil espécies, ocorrendo em ambientes marinhos e de água doce.
Todas as espécies são unicelulares ou coloniais. A parede celular, denominada de frústula, é constituída por sílica e substâncias pécticas.
Após a morte das diatomáceas, as frústulas, extremamente resistentes devido à presença de sílica, são depositadas no fundo de lagos ou mares.
Esses depósitos fósseis que ocorreram no período Terciário (Era Mesozóica) são denominados de diatomitos ou terra de diatomácias.
Rio Negro, Patagonia Argentina. Diatomitos, rocha sedimentar biogénica.

A aplicação industrial é muito grande, podendo ser utilizada como abrasivo para polimento de prata, como material filtrante e isolante térmico em caldeiras (refinarias de açúcar), vernizes, pastas de dente, batons etc.

Divisão Chlorophyta.

As clorofíceas (do grego khloros, verde; phycon, alga) ou clorófitas (do grego phyton, vegetal), são as algas mais comuns, ocorrendo vastamente em água doce e do mar, mas também em ambientes terrestres húmidos, sobre troncos de árvores e associadas a fungos, formando uma estrutura  denominada líquenes (mutualismo).

Líquenes amarelos num tronco de árvore
Podem ser unicelulares ou pluricelulares, coloniais ou de vida livre. Possuem clorofilas a e b, carotenos e xantofilas.
Algas verdes na maré vasa

São verdes justamente pelo facto de a clorofila predominar em relação aos demais pigmentos.
Apresentam o amido como reserva e sua parede celular é de celulose;são consideradas as ancestrais das plantas terrestres.
 A organização da célula é eucariótica. Alguns géneros apresentam deposição de carbonato de cálcio na parede.
Algas verdes calcificadas são importantes como a maior contribuição para o sedimento marinho.
É o grupo predominante do plâncton de água doce correspondendo a 90% do fitoplâncton.
Apresenta uma ampla distribuição pelo planeta. Algumas algas verdes podem viver em áreas congeladas como a Clamydomonas, ou sob troncos de árvores ou barrancos húmidos.
Certas espécies vivem em simbiose com protozoários, hidras, fungos e mamíferos (nos pêlos de bicho-preguiça), além de formas saprófitas sem pigmentos.
As colónias são chamadas de cenóbios.
O talo de uma alga, como em espécies de Caulerpa, pode ser considerado uma "célula" gigante onde as estruturas estão compartimentadas em vesículas de proporções avantajadas e com um número variável de núcleos.
Grape Caulerpa (Caulerpa racemosa), Osprey Reef, Coral Sea. Austrália


A importância económica das algas verdes resulta da utilização como alimento, no caso de espécies marinhas, e na extração de beta-caroteno.
O género Dunaliella, cultivada em lagos altamente salinos, acumula mais de 5% desse importante anti-oxidante natural.
Salinas, Murcia (Espanha). Presença de algas do género Dunaliella.
A sua grande importância ecológica está ligada a grande produção primária, especialmente no ambiente límnico.


Divisão Rhodophyta.


A esta divisão pertencem as chamadas algas vermelhas (do grego rhodon= vermelho).
Derivam, provavelmente, das algas verdes, pelo histórico fóssil encontrado.
Estas algas são quase todas multicelulares e marinhas, principalmente em mares tropicais de águas transparentes, vivendo geralmente fixas a rochas ou a outras algas. Geralmente apresentam uma morfologia filamentosa, embora existam algumas unicelulares. A sua vida fixa é fundamental pois necessitam do movimento das marés para realizar as trocas gasosas eficientemente.
Além da clorofila a e d, têm os pigmentos acessórios ficocianina (azul), ficoeritrina (vermelho) e carotenóides (amarelos e laranja).
Alga vermelha. Constantinea simplex
 A presença do pigmento vermelho permite-lhes absorver a luz azul, podendo, assim, sobreviver a profundidades muito superiores às das outras algas.
 Já foram encontradas algas desta divisão a mais de 200 metros de profundidade, desde que a água seja límpida o suficiente para permitir a passagem de luz.
Halymenia
Estas algas, como outros grupos semelhantes, têm a capacidade de fazer variar a quantidade relativa de cada tipo de pigmento fotossintético, dependendo das condições de luz em que se encontram (podem ser verde brilhantes quando vivem perto da superfície e vermelhas escuras quando vivem em profundidade).

A parede celular é mucilaginosa, tendo como base o glícido, galactose e a substância de reserva é o amido, um polissacárido semelhante ao glicogénio mas composto por cadeias pequenas e ramificadas com cerca de 15 unidades de glicose.
O agar-agar, espécie de gelatina usada como meio de cultura microbiana, indústrias alimentares de chocolate, pudins, sorvetes, entre outras utilizações, é retirado de algas vermelhas.

É formado por substâncias mucilaginosas polissacarídicas, com galactose associada a um grupo sulfato.

Ao contrário de outros protistas, estas algas não produzem células móveis em nenhuma etapa da sua vida. Mesmo os gâmetas masculinos não apresentam flagelos, tendo parede fina, deslocando-se com movimentos amebóides. Os gametas femininos são totalmente imóveis. Algumas espécies de algas vermelhas reforçam a formação de recifes de coral, pois têm o metabolismo necessário à deposição de carbonato de cálcio tanto na própria parede celular, como em volta dela.


Divisão Phaeophyta.


 As algas castanhas e pardas são todas pluricelulares, não existindo organismos unicelulares. Praticamente são todas marinhas, pertencem a este grupo as maiores algas conhecidas, como as laminárias ou o kelp. O sargasso também é uma alga castanha, apesar da formar massas flutuantes, ao contrário da grande maioria, que vive fixa em rochas do litoral.


Sargassum vulgare

Estas algas apresentam cloroplastos castanho dourados, contendo clorofila a e c, beta - caroteno e um pigmento acessório – fucoxantina, que mascara a cor verde da clorofila. Este pigmento capta luz em comprimentos de onda em que a clorofila é menos eficiente, tirando partido da luz que consegue atravessar a água, estando a alga submersa na maré cheia.
Sargassum sp. Aguda (Portugal)

A taxa fotossintética nestas algas pode ser, no entanto, de uma a 7 vezes superior fora da água, o que revela o grau de adaptação á vida intertidal.
 A parede celular das algas castanhas apresenta geralmente uma fina camada de celulose rodeada por uma espessa camada de um polissacarídeo mucilaginoso, ficocolóide, contendo enxofre, que impede a desidratação, pois consegue absorver cerca de 20 vezes o seu peso em água.
Este polissacarídeo também protege dos choques provocados pelas ondas contra as rochas em que se encontram fixas. Este tipo de parede celular representa uma importante adaptação ao facto destes organismos ficarem descobertos pela descida da maré duas vezes ao dia.
Algumas algas pardas, como a laminária ou o kelp, apresentam células transportadoras de nutrientes (principalmente manitol e aminoácidos) muito semelhantes às células do floema das plantas superiores, o que permite o fornecimento de alimento às zonas basais da alga, pobremente iluminadas.

  Sargassum sp.

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Luis Guerreiro
* Integrando a equipe de preparação dos vários Detoxes de Tony Samara - Portugal - 2009
* Consultor de Alimentação Viva do Spa Natural Alma Verde - Foz do Iguaçu-PR - Junho, Julho 2008.
* Apresentação de pratos vivos - 23º Congresso Internacional de Educação Física - FIEP 2008 - Foz do Iguaçu/PR
* Consultor e Árbitro da FDAP - Federação de Desportos Aquáticos do Paraná - Novembro de 2007 a Maio 2008 - Foz do Iguaçu-PR
* Criação do Instituto IDEIAS - Foz do Iguaçu - Outubro de 2007.
* Palestras de educação Nutriconal e Administração dos Serviços de Alimentação. - IPEC. Instituto de Permacultura e Ecovilas do Cerrado. Pirenópolis. Goiás.
Aula introdutória sobre alimentação e Nutrição para participantes do curso de Ecovilas e administração junto a uma equipe, dos serviços de alimentação fornecidos durante os sete dias de curso. Início: Outubro de 2007.
* Curso de Alimentação Viva- Restaurante Girassol - Ros Ellis Moraes (nutricionista) e Jacqueline Stefânia (nutricionista) - Agosto de 2007 - Brasilia-DF
* Palestras de educação Nutriconal e Administração dos Serviços de Alimentação.
IPEC - Instituto de Permacultura e Ecovilas do Cerrado. Pirenópolis. Goiás.
Actuação: Aula introdutória sobre alimentação e Nutrição para participantes do curso do SEBRAE e administração junto a uma equipe, dos serviços de alimentação fornecidos durante os sete dias de curso - Agosto de 2007. Com Jacqueline Stefânia (nutricionista)
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