quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Frutos silvestres na Praça

Frutos silvestres na Praça

Tipicos das zonas mais frias da Europa e Estados Unidos, são ainda pouco comuns na ementa habitual dos portugueses. Contribui para isto o facto de o preço não ser acessível a todos, bem como a sua disponibilidade irregular nos mercados, pelo menos enquanto produto fresco. São ácidos, mas doces, e representam uma excelente fonte de antioxidantes, uma espécie de “elixir da juventude”.
Apesar de nos referirmos a estes como frutos silvestres, provém normalmente de cultivo, pelo que a designação mais utilizada actualmente é a de pequenos frutos. Graças à sua estrutura frágil, a colheita envolve grande cuidado no manuseamento e acondicionamento, de forma a aumentar o seu período de conservação.
Embora produzir pequenos frutos envolva um investimento inicial numa boa preparação do solo, na qualidade das variedades a adquirir, uma vez estabelecidas, todas requerem baixa manutenção anual, sobretudo podar e nutrir.
A contrapartida por tão pequeno esforço é o enorme prazer de ir o jardim num dia de Verão colher framboesas frescas ou uma taça de sumarentos mirtilos e poder usá-los em sumos, saladas de frutas, compotas, tartes, etc, além de, em cultivos organizados, poderem representar uma forma de vida para o agricultor.
No entanto existe muito pouca informação disponível sobre estas plantas, além do número limitado de variedades no mercado nacional. Uma enorme confusão pode subsistir no comprador na altura de escolher as variedades mais adequadas para a sua situação em particular, pelo que convém recorrer a um viveiro de confiança. Graças às suas cores chamativas e formas apetecíveis, o cultivo envolve protecções com redes e estruturas anti-pássaros, já que estes, quando os frutos estão prontos a ser colhidos, chegam sempre primeiro!!!


http://cantinhodasaromaticas.blogspot.com/2009/10/frutos-silvestres-na-praca.html

Pequenos frutos

Framboesas (Rubus sp.) – Embora ocupem mais espaço do que qualquer outro pequeno fruto, são deliciosas e conservam-se bem no frio, permitindo desfrutar meses após a colheita. Existem variedades não-remontantes e variedades remontantes. As primeiras tem grandes necessidades de frio e frutificam nos ramos do ano anterior. Estão bem adaptadas ao centro norte do país. No sul algumas tecnologias de produção envolvem retirar as plantas da terra, colocá-las em frigorificos, a cerca de 4º C, durante mais de 70 dias!!! É um método dispendioso, mas permite a colocação das plantas em estufa em Dezembro/Janeiro, tornando possível o início da colheita 3-4 meses depois. As remontantes tem baixas necessidades de frio, permitindo o cultivo em qualquer região do país. Frutificam nos lançamentos do ano, sendo que a produção ocorre de Junho-Julho até Setembro, ou de acordo com a tecnologia de produção adaptada (podas).


Amoras (Rubus sp.) – Cultivo semelhante ao das framboesas não-remontantes, frutificam em ramos laterais que se formam no ano anterior. Os frutos maduros apresentam maior dificuldade de conservação. Convém referir que existem amoras de silva (Rubus fruticosus), amoras de amoreira-branca (Morus alba) e amoras de amoreira-preta (Morus nigra), as duas últimas árvores de médio e grande porte, respectivamente.


Mirtilos (Vaccinium sp.) – A espécie espontânea em Portugal Continental (Vaccinium myrtillus) é um arbusto pequeno, apresentando baixa produtividade. Nos Açores surge oVaccinium cylindraceum, um endemismo de maior porte. As variedades que surgem no mercado estão melhoradas, com material genético de espécies da América do Norte, podendo atingir 5 metros de altura! Gostam de solos arenosos e ácidos (pH 4,5-5,5), apresentando diferentes necessidades de frio, de acordo com as variedades. Se o solo lá de casa for alcalino, podem ser cultivados em vasos com substrato para ericáceas. Iniciam a produção a partir do 4º ano, podendo produzir 600kg/ha. A partir do 8-9º ano a produção pode atingir 6 ton/ha e ao 12-14º ano 8-12 ton/ha!!! Para além das bagas saborosas, as plantas ficam com uma cor espectacular no Outono.


Groselhas (Ribes sp.) – Exigentes em frio, são adequadas ao cultivo no centro e norte do país. Necessitam de podas de formação nos primeiros anos de cultivo, frutificando a partir do 2º ano de plantação até períodos superiores a 15 anos, são uma excelente escolha para quem está a começar. Distinguem-se a groselheira-negra (Ribes nigrum), groselheira-vermelha (Ribes rubrum) e groselheira uva-espim (Ribes uva-crispa).

Groselheira-vermelha (Ribes rubrum)


Groselheira-negra (Ribes nigrum)



Groselheira uva-espim (Ribes uva-crispa)


Cultivos de groselheiras protegidos com redes anti-pássaros


Groselheiras em vasos

Tomate-capuchinho (Physalis peruviana) – Com um enorme e abundante período de produção, é talvez o mais fácil de todos os pequenos frutos, adequando-se mesmo ao cultivo em pequenas varandas ou jardins de menor dimensão. Envolve podas de formação e protecção contra o frio intenso, ao qual é sensível.

Morangueiro (Fragaria sp.) – O mais conhecido dos pequenos frutos cultivados em Portugal. Dentro das inúmeras variedades, podemos distinguir os remontantes (crescem continuamente entre Junho e Outubro) e os não-remontantes (produzem morangos apenas uma vez por ano entre Abril e Junho). Os primeiros devem ser plantados na Primavera e os segundos no final do Verão, preferencialmente em Agosto/Setembro. Apesar da sua parte aérea definhar no Outono, sobrevivem aos meses mais frios do Inverno, para voltarem a florescer mal chegue a Primavera. Convém transplantar e dividir as plantasde tempos a tempos, para manter a sua produtividade regular.

Morangueiros cultivados em mulch de palha

http://cantinhodasaromaticas.blogspot.com/2009/10/frutos-silvestres.html

1 comentários:

tébastos disse...

Adoro! Posso Visitar o local?

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Luis Guerreiro
* Integrando a equipe de preparação dos vários Detoxes de Tony Samara - Portugal - 2009
* Consultor de Alimentação Viva do Spa Natural Alma Verde - Foz do Iguaçu-PR - Junho, Julho 2008.
* Apresentação de pratos vivos - 23º Congresso Internacional de Educação Física - FIEP 2008 - Foz do Iguaçu/PR
* Consultor e Árbitro da FDAP - Federação de Desportos Aquáticos do Paraná - Novembro de 2007 a Maio 2008 - Foz do Iguaçu-PR
* Criação do Instituto IDEIAS - Foz do Iguaçu - Outubro de 2007.
* Palestras de educação Nutriconal e Administração dos Serviços de Alimentação. - IPEC. Instituto de Permacultura e Ecovilas do Cerrado. Pirenópolis. Goiás.
Aula introdutória sobre alimentação e Nutrição para participantes do curso de Ecovilas e administração junto a uma equipe, dos serviços de alimentação fornecidos durante os sete dias de curso. Início: Outubro de 2007.
* Curso de Alimentação Viva- Restaurante Girassol - Ros Ellis Moraes (nutricionista) e Jacqueline Stefânia (nutricionista) - Agosto de 2007 - Brasilia-DF
* Palestras de educação Nutriconal e Administração dos Serviços de Alimentação.
IPEC - Instituto de Permacultura e Ecovilas do Cerrado. Pirenópolis. Goiás.
Actuação: Aula introdutória sobre alimentação e Nutrição para participantes do curso do SEBRAE e administração junto a uma equipe, dos serviços de alimentação fornecidos durante os sete dias de curso - Agosto de 2007. Com Jacqueline Stefânia (nutricionista)
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Atuação: Curso Bioconstruindo - administração junto a uma equipe, dos serviços de alimentação fornecidos durante os dias de curso.
BIOCONSTRUINDO - Julho 2007 - Com Jacqueline Stefânia (nutricionista)
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